Por: Priscila Edith Fonseca Faria – Estagiária do escritório Ribeiro & Albuquerque – Advogados Associados
Coordenação: Dr. Rodolfo Ferreira Ribeiro – Sócio do escritório Ribeiro & Albuquerque – Advogados Associados
Na atual condição pandemica em que vivemos, momento em que o mundo inteiro passa pelas mesmas dificuldades, a tecnologia assumiu o protagonismo indiscutível. Como exemplo, atividades que antes só podiam ser realizadas presencialmente, agora dão espaço à possibilidade de serem resolvidas remotamente.
Em um sistema econômico concorrencial, a velocidade na forma como ocorrem as negociações comerciais faz toda a diferença. Ainda há empresas que prezam pelo modo clássico na hora de consolidar um contrato ou realizar uma contratação, assim como, existem pessoas que preferem o bom e velho “presencial”. Porém, fato é que as formas de contratar e de se relacionar mudaram, e neste quesito as Startups conquistaram seu lugar junto a sociedade.
Há diversos tipos de Startups, e mesmo que seja difícil saber pela denominação da empresa, todas elas trazem as mesmas características pois tratam-se de negócios com potencial de crescimento acelerado, em que geralmente o custo é reduzido na realização da atividade, com modelos de negócios disruptivos.
Com a propagação do conceito de Startups, e o crescente desenvolvimento setor empresarial, nasceu por parte de algumas destas empresas um movimento direcionado para solução dos problemas sociais, econômicos e ambientais contemporâneos, são as chamadas Startups de Impacto Social. São negócios com todas as características inovadoras e disruptivas, mas primordialmente atuam com uma finalidade social, propondo solução para problemas reais causados pela ausência e até mesmo ineficária do Estado em certas ocasiões.
Neste sentido, em 2014 foi elaborada pela Força Tarefa de Finanças Sociais a “Carta de Princípios de Negócios de Impacto”, que visa basear os princípios gerais para esse tipo de negócio. Tratando-se de uma nova forma de atuar nas relações negociais, já existem inclusive aceleradoras especializadas no auxilio no desenvolvimento e crescimento de projetos relacionados.
Com as inovações trazidas por esta nova modalidade de atuação, diversas startups já colocam em prática suas soluções de negócio com Impacto Social, como por exemplo fintechs especializadas na negociação de crédito de carbono, edtechs com facilitação ao acesso da educação e healthtech com proposta de acesso a saúde básica.
Além disso, grandes corporações têm visto este modelo de negócio como uma oportunidade de cumprirem com suas obrigações sociais investindo em startups que buscam soluções de impacto.
A ideação e o desenvolvimento de mais esta modalidade negócio, enfatiza a tendência do crescimento sustentável e responsabilidade social empresarial.