Por: Pedro Pacheco – Assistente Jurídico do escritório Ribeiro & Albuquerque Advogados

Coordenação: Dr. Wesley Albuquerque – Sócio do escritório Ribeiro & Albuquerque Advogados

Desde o início da Pandemia, empresas de renome como TNG, Le Postiche, Cavalera, Dudalina, Via Uno e Le Lis Blanc, ajuizaram pedido de recuperação judicial.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Alvarez & Marsal, constatou de forma prática que as dívidas de ao menos 13 marcas diferentes, ultrapassavam o valor de R$5 bilhões com relação a dívidas contra credores.

Tendo em vista as incertezas em relação ao futuro, no que diz respeito ao mercado, em decorrência da lentidão na vacinação do Covid 19, o risco de que tal número no pedido de recuperação judicial sobre a rede de empresas varejistas possa aumentar é notório, ao passo que em razão da pandemia, grande parte das empresas que não possuem um mercado de E-commerce evoluído, passaram a ter dificuldades significantes uma vez que as vendas em lojas físicas foram devidamente afetadas em razão das medidas de isolamento social.

José Antônio Ferraiuolo, sócio da empresa X-Infinity, responsável pela reestruturação de empresas e que cuidou da fase inicial do processo de recuperação judicial da rede masculina Camisaria Colombo afirmou que apesar dos programas de apoio do governo em 2020 terem auxiliado de certa forma as empresas, os obstáculos enfrentados pelas empresas apenas foram postergados para o ano seguinte.

Já na recuperação judicial da empresa Le Postiche, pesou o fato dos empréstimos efetuados pelas empresas nos primeiros meses do ano de 2020, no início da pandemia, cujo vencimento se deu agora em 2021, de forma que o aumento no valor de matéria-prima advindo de China e Estados Unidos, acarretam um sério problema financeiro por parte dos compradores.

Após o acúmulo em dívidas de cerca de R$250 milhões desde o início da Pandemia, a empresa TNG entrou com um pedido de recuperação judicial. A marca alegou que sua finalidade é buscar uma proteção para o reestabelecimento do fluxo de caixa a fim de evitar demandas judiciais de execução.

As lojas de rede ficaram fechadas cerca de 200 dias desde o início da Pandemia, onde mais de 70 lojas foram fechadas até o momento. Apesar de possuir um alto investimento no mercado de E-commerce, cerca de 90% da receita da empresa é fruto de vendas em lojas físicas, segundo dados da marca.

Caso de empresas como a Restoque, que comanda Le Lis Blanc, Dudalina e Rosa Chá que ingressou com o pedido de recuperação extrajudicial, negociando com os credores a emissão de debêntures no valor de R$1,4 bilhão e da empresa Cavalera que entrou com pedido de recuperação judicial no valor de R$60 milhões com dívidas com credores e fisco, evidenciam ainda mais que o porte da empresa não possui tanta relevância e elucidam que todas estão sujeitas a dificuldades financeiras com o advento da pandemia, independentemente de renome ou até mesmo o fato de possuírem um E-commerce devidamente avançado.

Dados obtidos em: https://oglobo.globo.com/economia/crise-na-moda-le-postiche-cavalera-tng-ao-menos-mais-10-varejistas-pedem-recuperacao-judicial-25032551

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