Por: Isabela Porini Ribeiro – Estagiária do escritório Ribeiro & Albuquerque Advogados.

Coordenação: Grupo de estudos de inovação e tecnologia do escritório Ribeiro & Albuquerque Advogados.

O termo “fintech” é relativamente atual em meio à economia brasileira e desenvolvimento tecnológico: refere-se a startups que objetivam a introdução de mecanismos rápidos e desburocratizados, soluções de cunho tecnológico, no mercado financeiro. Sendo a tecnologia, portanto, inerente à existência de startups voltadas ao mercado financeiro, observa-se o fato de que há a tendência de absorção de inovações tecnológicas neste meio – o uso da Inteligência Artificial nestes modelos empresariais, portanto, ocorreu de maneira orgânica.

A fim de maiores esclarecimentos, deve-se ressaltar que Inteligência Artificial (IA) é um amparo tecnológico desenvolvido à similaridade do raciocínio e da lógica humana: são programas que recolhem dados e informações, criam comparações entre estes, analisam comportamentos e geram possibilidades – uma maneira de fazer uma máquina não apenas executar uma ordem, mas cadenciar informações a fim de recriar raciocínio e facilitar tarefas.

Desta forma, a IA tem sido apresentada em diferentes fintechs, e com multiplicidade de usos. Embora seja majoritariamente utilizada em molde B2B (“business-to-business”, ou “de empresa para empresa), demonstra-se que a tecnologia se apresenta em serviços de análise de crédito para usuários, análises de cunho imobiliário voltadas à garantia de crédito, além de recomendações e planejamentos financeiros.

Estima-se que haja, hoje, no Brasil, cerca de 1.021 startups voltadas para o mercado financeiro, mas apenas 75 destas fazem uso de IA em seu atendimento ao usuário – ou seja, no total, apenas 7,3% adaptaram-se à esta tecnologia. Os dados demonstram que, apesar de numerosas as startups integrantes do mercado financeiro brasileiro – cujas características assimilam-se enquanto uso da tecnologia visando desburocratização em meio ao mercado – poucas são as que realmente modernizaram-se nos últimos anos em relação à inovação de IA.

Exemplo de caso de sucesso em relação ao uso de IA por Startups é a Olivia AI, Inc.; empresa voltada à assistência virtual financeira por meio de planejamentos de contas pagar e despesas, em que a IA aprende os costumes e comportamentos de seu usuário sob objetivo de ajudar não desperdiçar recursos. Além da assistente “Olivia”, a empresa disponibiliza também “Bob” – que apesar da mesma função, é acionado em casos de open banking, moldado sob finalidade B2B.

O cofundador de Olivia AI afirma que, neste ano, a empresa nascida em 2016 no Vale do Silício estima 3 milhões de contas ativas no programa de assistência – reiterando o fato de que, apesar de nova, a ferramenta é frutífera e útil a grande número de pessoas ao redor do globo, corroborando com os objetivos intrínsecos à uma fintech.

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